sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Henna e os colares modernos

“Henna – arte para usar” é uma marca de acessórios, fundada em 2009, especializada em colares. A formação consistente de sua fundadora e designer, Patrícia Henna, é atributo onipresente nos produtos da marca. Artista plástica, formada pela Universidade de São Paulo, Henna elabora suas criações como objetos artísticos que dependem e funcionam melhor quando envolvendo um corpo de mulher. Escultura, pintura e performance são bases conceituais de suas criações que, retiradas dos pedestais elitistas da arte tradicional, são feitas para usar. 

Associado ao design de características minimalistas – formas puras, cores sólidas, síntese de informação visual - existe uma preocupação com a funcionalidade dos colares. E colar, toda mulher sabe, precisa ser leve e de toque agradável. Patrícia Henna além de saber alcança tais objetivos em cada um de seus projetos.

O desenho dos acessórios de “Henna – arte para usar” é atemporal, não seguindo apenas as tendências descartáveis e efêmeras das coleções de moda: como toda boa arte suas peças, quando bem cuidadas, atravessam estações. A beleza de seus colares é clássica, no sentido de que é clássico o que tem tradição, o que tem história, o que é informado.

A escolha e a articulação dos materiais utilizados nos colares de “Henna – arte para usar” são inusitadas, inesperadas, surpreendentes. Ao ver um de seus colares você pode se imaginar refletindo: “mas que material é esse?”; “não acredito que essa peça foi feita com aquele material!!!”, ou ainda “essa designer dá nó em pingo d’água!”.
A mulher que usa “Henna – arte para usar” é moderna, urbana, elegante, ativa e segura; uma mulher consciente de que um bom acessório basta para levantar uma produção e transformar atmosferas.

O bacana, além de tudo, é poder ter arte a preços acessíveis! Forma, pensamento, atitude: “Henna – arte para usar”!

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Printas busca inovação na criação de produtos

Com um mercado repleto de opções em objetos de decoração, um bom processo criativo pode resultar em grandes trabalhos e muita satisfação. “Qualquer coisa vale. Desde uma matéria do Jornal Nacional que vai ao ar todo final de ano tratando do roubo de bagagens nos aeroportos até as revistas de moda”, diz Gilberto Negreiros, idealizador da Printas, marca voltada para a criação de peças diferenciadas.

Antes de fundar a marca, o empresário era sócio de uma agência de propaganda. “A Printas nasceu em 2005 da ideia de fazer uma loja de produtos personalizados a partir, principalmente, de fotos das pessoas”, destaca.

Para ele as fotos retratam momentos alegres. “Pensamos que poderíamos relembrar estes momentos mais vezes se estas imagens pudessem estar com mais intensidade no dia a dia das pessoas. Misturamos isso com o “lixo” (no bom sentido) da agência usando partes de campanhas não aprovadas e muito da experiência que tínhamos, principalmente com impressão em papel. A loja ficou aberta por pouco mais de três anos até que decidiu-se encerrar as atividades de varejo para dar foco ao atacado. A marca já se desenvolvia com a distribuição para outros lojistas e manter a loja e site abertos, significava concorrer com nossos clientes. Daí  veio a opção por ampliar e desenvolver linhas de produtos mais adequadas para venda em lojas e abandonar o conceito de personalização”, explica. 


Para proporcionar alegria aos clientes, a marca deseja que as pessoas olhem para os produtos com um sorriso, mesmo que seja só com os olhos. Sempre em busca de inovação, os objetos são fabricados através de impressão e recorte digital, recorte à laser e trabalhos manuais resultando em praticidade e excelentes opções para decoração. “Temos uma grande variedade de linhas de produtos e muitos itens em cada uma delas. A seu modo cada um pode trazer praticidade para organizar compromissos – lousas magnéticas, organizadores semanais e mensais – ou facilitar a localização da sua mala na esteira do aeroporto – TagBags Identificadores de bagagem, ou ajeitar melhor as coisas na mesa com os portatrex. Na decoração, os resultados podem ser surpreendentes com a tendência de taxidermia traduzida na nossa linha de ´Cabezas´, nos revisteiros ´vintage´ ou nos novíssimos suportes para vinho da linha `Vinu´”, revela.



Diantes de uma geração apreciadora de objetos de decorativos e que está em busca de novidades constantemente, a Printas sempre busca nichos de mercado. “ Teríamos poucas chances de sucesso em mercados disputados por empresas maiores”, diz.

Para Gilberto, a inovação é ao mesmo tempo uma vontade e uma necessidade. “Estamos sempre buscando coisas com um olhar diferente porque gostamos e porque precisamos; não sobreviveríamos sem a inovação. É nosso melhor ataque e também a melhor defesa”, afirma.


Com tantas novidades oferecidas pela marca, ela representa alegria para o empresário. “Gostamos de fazer o que fazemos. É claro que é um negócio, mas ficamos felizes quando fazemos coisas que vão proporcionar alegria na vida das pessoas”, finaliza.


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Debby e Ethel inspiram com acessórios inovadores

Acme traz assinaturas de designers famosos

Hoos inspira com os pequenos detalhes da natureza





segunda-feira, 15 de julho de 2013

Debby e Ethel inspiram com acessórios inovadores

Em busca de novidades e sugestões que possam enriquecer o guarda roupa de muitas mulheres, Debby e Ethel saem em busca de opções voltadas para o que há de melhor no mundo da moda. “Frequentamos feiras de acessórios durante o ano para acompanharmos as tendências e quando viajamos para fora do país, sempre selecionamos artigos diferenciados”, diz Ethel Akkerman, uma das sócias da marca.

Com existência de seis anos, a marca surgiu da união de dua amigas. “A Debby sempre foi ótima vendedora - ainda hoje vende roupas de ginásticas e maios - e eu sempre comercializei jóias diferentes como estampas na prata com pedra”, explica e destaca:  “Comecei a vender colares exclusivos de pano a principio para conhecidas e a Debby sugeriu ampliarmos para outras coisas e diversificarmos as mercadorias.”

A escolha pelo segmento surgiu através do olhar de outras pessoas. “Sempre gostamos de adornos e acessórios. Tudo que usávamos as amigas gostavam e inclusive as pessoas nas ruas também curtiam”, afirma.

A escolha do slogan “Garimpeiras da Moda” surgiu através da variedades de opções escolhidas para o público-alvo. “As pessoas começaram a nos dar este nome de garimpeiras porque tínhamos produtos artesanais e industrializados - artigos que atraem todo tipo de mulher”, diz.

Um grande diferencial oferecido pela marca é a Cesta Delivery. Mesmo com falta de tempo, as clientes poderão apreciar no escritório ou casa, as peças enviadas pela empresa. “Temos um motorista para bairros  mais distantes, mas atendemos uma clientela da zona oeste principalmente”, aborda.



Com tanta praticidade, a dupla nunca pensou em mudar de ramo. Com o sucesso das garimpadas, elas já cogitaram realizar vendas para outros estados. 

De olho nas mulheres descoladas, exigentes e exóticas, as garimpeiras continuam na estrada em busca de mais novidades. E finalizam com um sonho: “sermos muito conhecidas com produtos diferentes e de boa qualidades.”

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Acme traz assinaturas de designers famosos




Com surgimento em 1985 em Los Angeles, a ACME mudou  a sede posteriormente para Maui, no Hawaii, devido ao desejo dos sociais por outro estilo de vida. “É claro que a diferença de horário entre Maui e NY, obriga os sócios a começarem seus dias muito cedo. Mas certamente com outras compensações. A marca ACME numa primeira fase lançou jóias e bijuterias assinadas por designers conhecidos e reconhecidos internacionalmente, mas logo dedicou-se a linha de instrumentos de escrita, entre outros objetos, mas sempre com a assinatura de designers famosos”, explica Bernardo.

Mesmo produzindo diversos temas e designers no decorrer do ano, a empresa tem como mais vendidas as linhas de canetas assinadas pelo  Frank Lloyd Wright, além da serie limitada e numerada da Beatles Collection, lançada pela ACME com a autorização da Apple, dona da marca “Beatles”.

Com detalhes refinados, as canetas são feitas em metal e com uma característica importante. “A ACME lançou, sendo portanto pioneira, uma técnica de “Printed” na própria caneta na fabricação, ou seja, não são canetas pintadas. Portanto os desenhos e as cores das canetas não saem. Essa técnica está patenteada pela ACME, mas mesmo assim é copiada”, revela.


Na hora da criação, a inspiração vem dos próprios artistas. “Os designers tem liberdade total na criação. É claro que no caso de designers já falecidos, como Frank Lloyd Wright, a ACME paga os direitos a Frank Lloyd Wright Foundation e usa seus desenhos”, diz e ainda destaca:  “O que faz a diferença é o fato das peças serem todas assinadas por designers. O cliente compra uma caneta e carrega consigo um pouco de arte. Além disso, as linhas numeradas são muito limitadas. Existem peças em que foram feitas somente 500 para o mundo todo. Essa exclusividade torna as peças ACME ainda mais desejadas”.

Presente em diversos países do mundo, a marca ganha cada vez mais espaço no mercado. “Além de Portugal e Brasil onde minha empresa EUROBRAND representa, importa e distribui a marca com exclusividade, a ACME esta presente nos Estados Unidos, Canada, México, Chile, Espanha, Andorra, Franca, Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Reino Unido, Irlanda, Suécia, Dinamarca, Noruega, Finlândia, Russia, Itália, Alemanha, Polônia, Áustria, Suíça, Grécia, Eslovênia, Republica Checa, Turquia, Israel, Austrália, Vietnã, China, Camboja, Tailândia, Cingapura e Japão, além de África do Sul, Egito, Bahrain, Colômbia, Hungria, Ira, Jordânia, Kuwait, Korea, Líbano, Malásia, Nova Zelândia, Qatar, Arabia Saudita, Síria, Taiwan e Emirados Árabes Unidos”, afirma.

Bernardo finaliza com a definição do que a marca representa para ele: “Em matéria de negócio, ter o privilegio de representar a ACME abriu - me muitas portas tanto em Portugal como no Brasil. Pessoalmente, tenho um ótimo relacionamento com o presidente da marca, que conheci numa visita a NY. A marca representa uma nova fase importante da minha empresa e consequentemente da minha vida. Mas isso já daria um livro...”

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Hoos inspira com os pequenos detalhes da natureza

Produtora de peças decorativas, desenhos recortados à laser na chapa de aço, pintadas e montadas em base de madeira, a marca Hoos, existente no mercado há quatro anos, se destaca pelas charmosas esculturas.

Idealizada pela arquiteta Eleonora Hoshino, 36, Hoos traz um estilo voltado para os pequenos detalhes. “Trabalhei como arquiteta nos primeiros anos após a formação. Posteriormente fui para o design de jóias e sempre gostei de trabalhar com recortes em chapa, daí surgiu a vontade de criar peças maiores para dar mais vazão à criatividade e poder executar meus desenhos em escala maior. Depois de muitas pesquisas sobre corte em chapa de aço, cheguei ao resultado final utilizando o corte à laser, que permite a execução de peças altamente detalhadas e precisas”, explica Eleonora.

Na hora da criação, a artista tem a natureza como sua fonte de inspiração. “ Utilizo muito as árvores e animais, principalmente passarinhos,  em minhas criações”, diz e ainda destaca: “Além de ser um produto novo, não muito explorado pelo mercado, o grande diferencial das minhas peças está na criação dos desenhos. Busco na natureza toda a fonte de inspiração. Outro diferencial é o acabamento das peças, procuro trabalhar com os melhores profissionais para ter o melhor resultado”.

Com um ateliê na cidade de Botucatu, interior de São Paulo, os produtos são totalmente desenvolvidos pela artista. “Utilizo a chapa de aço-carbono ou aço-inox, recortada à laser e as peças são montadas em base de madeira. As peças recebem pintura epóxi preta ou podem ser enferrujadas com aplicação de verniz transparente. A escolha pelo corte à laser em chapa de metal permite a execução de um trabalho perfeito, seguindo à risca o desenho feito à mão livre, permite detalhamentos incríveis. Escolhi a madeira para fazer a base por compor muito bem com a chapa, formando um conjunto harmônico de proporções agradáveis”, diz.


Ao oferecer peças que levam um pequeno retrato da natureza, Eleonora acredita que as pessoas estão investindo cada vez mais na decoração do lar e escritório. “A necessidade de criar ambientes agradáveis para o próprio bem estar está cada vez mais valorizada. O momento econômico do país também contribui para que as pessoas invistam mais em decoração”, ressalta e finaliza: “Desenvolver este trabalho significa para mim liberdade de expressão  da minha criatividade, onde posso transformar minhas idéias em peças maravilhosas e levar para as pessoas um pouco do meu  universo."



terça-feira, 18 de junho de 2013

Peças feitas à mão são destaque de Moema Prado

Um olhar refinado e delicado para acessórios femininos que compõem o dia a dia  da mulher moderna. Esse cuidado especial é encontrado nas peças da Moema Prado, marca que leva o mesmo nome da idealizadora. “Tenho a marca Moema Prado Acessórios há 11 anos. Sempre gostei de trabalhos feitos à mão. Comecei a fazer bijuterias aos 15 anos de idade, depois trabalhei por 4 anos com a multi-artista Beth Lima. Para ser sincera nunca parei de criar e produzir desde essa idade. Quis ser bailarina, mas mesmo nesse período,  fazia e comercializava meus adornos”, revela Moema.

Entre os destaques no processo de criação da artista está a utilização do vidro. “O vidro foi um grande divisor de águas no meu trabalho por conta de sua grande variedade de cores e possibilidades de formas. As técnicas para transformá-lo, no entanto, são trabalhosas e requerem bastante energia em forma de calor. Hoje uso também muitos outros materiais, porém os compro prontos, não os transformo”, diz.

Para realizar o trabalho com o vidro Moema utiliza duas técnicas: fusão e maçarico. “Na primeira o vidro derrete no forno e toma a forma de um molde. Na segunda, o vidro é moldado à mão, no fogo. Faço experiências ainda, mas como já conheço bastante o comportamento do vidro para peças pequenas, penso sempre na peça já pronta, onde vai ficar o furo ou como vou prendê-la ao colar ou pingente”, explica.

Com um conceito voltado para a valorização do desenho simples, qualidade e o cuidado por serem peças feitas à mão, a artista produz colares, brincos, pulseiras e acessórios de cabelo. “Sem dúvida vendo muito mais colares. Os longos com contas de vidro, coloridos ou uma combinação de duas cores são os campeões”, destaca.

Os trabalhos também possuem uma proposta atemporal. “É claro que levo em consideração cores da moda e tendências, mas o resultado final tem que ser algo para ser usado por muitas vezes, quem sabe anos, sem parecer ultrapassado. Quero ver minhas clientes elegantes”, afirma.

Pensando no público que gosta de sentir-se confortável, vestir-se bem e que valoriza o trabalho manual, Moema deixa um recado: “Minha dica é montar o look respeitando o seu estilo, se olhar no espelho e dizer: Curti! Estou bonita assim”, finaliza. 

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Nada se perde tudo se transforma

Metamorfose. Esse é o lema da Artempapel, que atua desde 1996 com mobiles - dobraduras convencionais, customizadas e adaptadas como  a dobra do guarda chuva que se transforma na saia da bailarina.

Idealizada por André Simmank, artista plástico e Meire Akamine, arquiteta, a marca trabalha com o reaproveitamento e o reuso como escopo. "Digamos que a sustentabilidade sempre fez parte dessa trajetória", diz André.

Antes da Artempapel, o casal trabalhou com arquitetura conceituando espaços comerciais. "No final da obra notávamos que sempre tinha muita sobra de materiais nobres: metais e madeiras que geralmente eram descartados na caçamba de entulhos - ficávamos indignados com aquela cena -  e foi de onde surgiu a ideia de transformar, reaproveitando para um detalhe na vitrine. A partir dai trocamos os projetos arquitetônicos por um ateliê em Pinheiros para colocar em prática as nossas ideias e ideais. Adotamos o origami (dobradura) para complementar e harmonizar com outros materiais usando-os na forma original ou fazendo uma releitura, como o lírio que serviu de base para o anjo e a dobradura do guarda chuva para a saia da bailarina", explica.

Muita inspiração e afinidade com o material faz parte do trabalho da empresa. "Comercialmente produzimos mais peças com origami (dobraduras): mobiles de tsurus, arranjos com dobraduras de lírio na base de madeira e cachepos de dobraduras de tulipas (instalações de parede). Os mais vendidos são o lírio na base de madeira e mobiles diversos", diz.
Com um contraste entre o rústico e o nobre, os artistas escolheram o desafio do contra fluxo da industrialização e massificação como modo de atuação diante do mercado ao utilizar papéis diversos (desde kraft até os sofisticados metalizados ou vegetal colorido), reaproveitamento de materiais: base de madeira proveniente de desmanches ou caçambas, reuso de sucata de papel como caixa de ovo, etc.

Utilizando um galpão para armazenar e explorar os materiais, quando não se trata de encomenda, a dupla sai no garimpo. "Tentamos poética e esteticamente, harmonizar todos os "lixos"garimpados", revela.

A grandiosidade do trabalho realizado pela empresa já teve momentos muito especiais. "Fomos convidados para expor em um castelo na Alemanha. Foram duas exposições individuais. Foi muito gratificante", afirma.
Dentro de uma realidade em que as pessoas estão mais apaixonadas por objetos de decoração, o artista acredita que isso aconteça por uma questão de identidade e por traduzir um estilo de vida. Para ele, os produtos da Artempapel representam "Uma transformação singelamente harmoniosa", finaliza.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Oficina Ana Paula Castro e as inspirações da natureza

A natureza é algo que nos encanta. É o nosso refúgio, a fonte de inspiração e reposição de energia. Com a correria do dia a dia, fica cada vez mais difícil estar em contato com ela. Porém, você pode inseri-la na vida cotidiana através de plantas ou até mesmo, por meio de obras de arte e objetos que simbolizam esse encontro com a nossa essência. “Acredito que o design pode contribuir para a mudança de mentalidade, principalmente no que diz respeito a prevenção do planeta . Toda criação deve ser voltada para o ser humano e o meio ambiente. Objetos de design devem trazer alternativas de uso a fazer as pessoas questionarem o consumismo e o descarte fácil. Deve enfatizar a preocupação com o uso de materiais recicláveis, a otimização de energia, adequação ergonômica e segurança. A base do design é forma e função, não podem ser vistos só como estética”, diz Ana Paula Castro, idealizadora da Oficina que leva o mesmo nome da designer. 

Com criações mais intuitivas, metafóricas e lúdicas,  o trabalho de Ana Paula segue uma rotina imposta por ela mesma. “Mas meu momento de criação pode vir em qualquer instante do meu cotidiano: uma viagem, uma conversa ou uma hora de lazer”, ressalta.

Considerando-se desde criança como curiosa e criativa, Ana Paula iniciou o trabalho de design gráfico por meio de um convite de uma revista de circulação nacional da Editora Abril, no qual há anos tem uma parceria. 

Em 1992, abriu seu ateliê, que era voltado para a restauração de imagens, folheações a ouro, pinturas murais e tromp l´oel. “Trabalhei por um ano na igreja do Rosário na Prainha, onde conheci e aprendi todas essas técnicas. No início o ateliê se chamava Oficina de Restauro, com o passar dos anos ampliamos nossa área de atuação, (mudamos o nome para Oficina de Ideias) agregando novas tecnologias, mas sem perder o foco no valor do trabalho manual”, explica.

Já como Oficina Ana Paula Castro,  ganhou diversos títulos como  Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini, pelo Convite da Exposição Orquídeas, peça executada pela gráfica GSA, primeiro lugar na categoria Comercial, Organizer Red New 2012, feito pela Grafitusa,  além de outros. Entre os destaques de trabalhos realizados pela artista estão os convites internacionais para desenvolver peças na Europa e Estados Unidos. “Fomos escolhidos para fazer o design do troféu da VI Conferência Europeia das Cidades Sustentáveis da França. Em outra unidade de criação trabalhamos as linhas assinadas. Já as peças decorativas feitas em uma tiragem limitada, hoje estão em 26 lojas espalhadas pelo País”, destaca.

Sobre a trajetória, Ana Paula destaca: “O caminho nunca é tão difícil quando se é honesto com seu real desejo e se tem coragem de ser quem você é. Foi um caminho de muito trabalho, muita persistência, poucos finais de semanas livre, raras férias, mas de muita conquista, muito aprendizado e principalmente muitas alegrias”, diz e finaliza com a frase de Robert Collier: “Sucesso é a soma de pequenos esforços repetidos dia a dia sim e no outro dia também”.  


segunda-feira, 20 de maio de 2013

Ana Beatriz e o toque refinado das miniaturas


Renovar as energias do ambiente é muitas vezes o desejo de quem faz aquela reforma em casa. Apenas um pequeno detalhe, como um belo objeto, pode fazer toda a diferença. 

Com linhas temáticas voltadas para decoração, a marca Ana Beatriz Miniaturas desenvolve um trabalho voltado para os pequenos detalhes. Linhas como profissões, artes, caixas de poesia, bar e café, entre outras,  mostram a criatividade oferecida pela marca. "Todas as peças são confeccionadas no meu ateliê - com exceção de algumas peças em resina que compro de uma fábrica de São Paulo quando faço ambientes de bar ou café", explica Rita de Cássia Baduy Pires, idealizadora da marca. 

Formada em Psicologia, Artes Visuais e Pós Graduação em Museologia, Rita começou com artesanato em 1989 e especializou-se em miniaturização de ambientes. Antes da criação da marca, a artista trabalhava como psicologa  na área de recursos humanos. "Casei fui morar em Manaus, trabalhando também nessa área no INPA. Quando nasceram minhas filhas - Ana Luiza e Beatriz - em 85 e 87 respectivamente, desisti de trabalhar fora e comecei a fazer artesanato, especificamente bordados - tradição passada por uma tia bordadeira profissional no interior do Paraná. Daí parti para criar bordados e colocá-los em molduras: Ponto cruz e bordado à máquina", ressalta.

Em 1989, Rita começou a trabalhar aos domingos na feira de artesanato do largo da Ordem, em Curitiba, local onde vive.  "Nos bordados comecei a acrescentar pequenos detalhes como flores secas, pequenas porcelanas e outras miniaturas compradas de artesãos locais. Começou estão os ambientes em miniaturas com o fundo bordado em ponto cruz e algumas peças em miniatura ainda compradas. Como as ideias começaram a aparecer e o material ficar escasso, passei a confeccionar eu mesma as miniaturas. Mas sem escala, sem muito requinte", diz.

Já em 1994 a artista viu em uma revista uma miniaturista paulistana - Regina Nachtigal, hoje grande amiga de Rita - que dava aulas de miniatura. Marcou uma aula em um final de semana e os horizontes se abriram. "Reformulei todo o meu trabalho introduzindo uma escala. Fui fazer aulas de cerâmica e prestei vestibular para o curso de Artes Plásticas e também a ser orientada pela ceramista e também miniaturista Mariliz Diaz, hoje também uma grande amiga.  A partir daí fui desenvolvendo e pesquisando. Acho que estou sempre tentando me aperfeiçoar e fugir do lugar comum em termos de miniatura. Não sei se consigo, mas o esforço é grande (risos)", evidencia.
  
Inspirações 

Na hora da criação, é preciso estar antenado em tudo: economia, cultura e tendências da moda - é importante estar ligado ao cenário da atualidade. "Não dá para dizer que a moda não influencia. Quando acho que estou tendo uma ideia inovadora, acabo vendo que as influências estão por toda parte. Mesmo que eu não tenha percebido conscientemente. A criação vem de várias fontes: às vezes um cliente me pede para fazer um ambiente que nunca havia pensado em fazer e daí vou pesquisar e acabo gostando do resultado. Outras vezes eu vejo um filme, quadro ou um cenário em revista e vem a inspiração de fazer algo parecido. Às vezes até erro e acabo criando alguma coisa diferente. Mas tenho, claro, uma linha de estilo que procuro manter, acho", revela.

Além das referências para a criação, é preciso pensar em diversos aspectos para garantir o conceito da marca. "Criar, não copiar... Confeccionar, partir da matéria bruta para elaborar as peças, atender rapidamente às eventuais reclamações de clientes que tiveram as peças danificadas ou com algum defeito... Busca sempre de maior qualidade e detalhamento. Por mais que cada peça tenha um padrão, nunca repito exatamente. Sempre há algo novo. Um livro com capa diferente, uma cor de parede, sempre algum detalhe que torna quase único", afirma.  

O processo de elaboração das peças é feito no ateliê  e são utilizados materiais como madeira, papel, cerâmica e pedaços pequenos de bijuterias. "Existem peças que têm muita saída. Então, sempre faço estoque dos móveis que vão em cada uma. Mas quando tenho que criar algo novo, faço vários modelos, várias tentativas de disposição do ambiente... Às vezes, crio o ambiente e faço as miniaturas de acordo com o que pensei. Mas, às vezes, é o contrário: pego peças prontas e distribuo até chegar em um ponto que me agrade", diz.

No mês de março a marca lançou alguns ambientes em caixas mais fundas e elaboradas. "Para o segundo semestre, ainda não deu tempo de pensar. Mas, na linha "artistas" estou sempre buscando um novo artista para homenagear. Esse ano fiz o Escher, Magritte e Rohtko", destaca.

Com a frase: "Deus está nos detalhes", de Mies Van Der Rohe, Rita define o que a marca representa para ela. Com tantos anos de estrada, houveram momentos muito especiais que marcaram a trajetória da artista. "Acho que o encontro com a Regina Nachtigal, foi muito marcante e o impulso para buscar mais e mais conhecimento. Outros momentos foram as exposições Espaços Curitibanos - Homenagem a antigos comércios, onde miniaturizei doze comércios antigos da cidade que ainda funcionavam e mantinham características originais e  Diálogos em Miniatura, que foram três exposições de uma só vez: Os comércios antigos, Caixas de poemas de poetas de lingua portuguesa e Brincando com a escala, onde coloco uma peça de tamanho natural e miniaturas que dialogam com essa peça. Dessa brincadeira com a escala, desenvolvi uma linha comercial que está no site", revela. 

Para a artista, as pessoas sentem prazer em decorar suas casas ou ambientes profissionais. "Estar em um ambiente agradável e gostoso de olhar é muito gratificante", diz e finaliza com  uma frase de Muriel Barbery: "Onde se encontra a beleza? Nas grandes coisas que, como as outras estão condenadas a morrer, ou nas pequenas que, sem nada pretender, sabem incrustrar no instante uma preciosa pedrinha de infinito?"





segunda-feira, 13 de maio de 2013

Paula Leoni traz peças com conceito clean



Com jóias voltadas para o dia a dia ou ocasiões especiais, a marca que leva o nome da artista Paula Bonfliglioli Fabbri Leoni, oferece um trabalho com visual simples. "Acho que o diferencial é o acabamento impecável que faço à mão! Os clientes costumam dizer que a peça passa emoção, que sentem que foi feito com amor", diz Paula idealizadora da marca.

O interesse pelo segmento de jóias surgiu ainda na adolescência, já que ela iniciou o curso de joalheira aos 17 anos. "Comecei garota. Não sabia da existência desse tipo de curso, conheci através de um namorado. Fomos a uma exposição de alunos de uma escola de joalheria (a cunhada dele fazia aula) e achei o máximo! Ganhei dele de presente de aniversário todo o material e então comecei a fazer o curso. O início foi na Oficina Escola de Joalheria, da Miriam Mirna Korolkovas. Depois passei para a Manufatura & Alquimia, escola do Bobby Stepanenko, onde fiquei vários anos fazendo muitos cursos, fui assistente do Bobby e me tornei professora na escola. Lá também fiz curso de desenho de jóias com a Claudia Petrella", explica e ainda destaca: "Fiz curso de titânio com o Carlos Salem, curso de casamento de metais novamente com a Miriam Mirna Korolkovas, trabalhei um tempo entre amigas no ateliê do Renato Camargo e depois montei o meu  próprio ateliê na minha casa."
Para estar junto da filha, que atualmente tem 15 anos, Paula decidiu desenvolver o trabalho em seu lar. "Comecei a colocar as jóias em lojas de museus e design, a participar da Craft Design e assim foi. Nesse meio tempo também fiz cursos de pintura em seda e pintei porcelana por algum tempo. Sempre fui ligada a esse lado artístico, acho que influência de uma tia que era professora de pintura em porcelana e quando eu era bem pequena, antes dos 10 anos de idade, já ficava pelo ateliê dela e adorava misturar as tintas para as alunas. Mas a minha mãe também sempre fez trabalhos manuais, enfim... Coisa de família! "

Na hora da criação, Paula busca inspiração em seu repertório. "Adoro círculos e realmente é muito difícil sair deles. Adoro a mistura da pérola que acho romântica com a prata fosca que acho bem moderna. Não acho que eu siga tendências de moda, me inspiro em formas que gosto, materiais que me identifico e faço uma peça atemporal, que as pessoas se identificam por empatia e não por moda. É uma peça para vida toda. Costumo dizer que a jóia escolhe o cliente e não o contrário", ressalta.

Os anéis, brincos, colares e pingentes oferecidos pela marca, são produzidos em ouro, prata, pérolas e diamantes. As peças tão envolventes representam para Paula o prazer de um trabalho bem feito e um prazer maior ainda quando vê as clientes usando suas peças. "Quando ouço elogios e quando sinto o quanto a pessoa ficou feliz por ter uma peça. As joias são como meus filhotes", afirma.

Com toda a experiência de trabalho, sempre há momentos únicos que marcam a vida dos artistas. "Acho que as amizades maravilhosas que fiz em função da joalheria, o carinho do mestre Bobby Stepanenko que me proporcionou a honra de ser sua assistente e com isso aprendi muito, os momentos super felizes e divertidos nas feiras... Quando falo que faço jóias, as pessoas falam: Nossa, que legal! Deve ser zen!rsrs... É tão difícil quanto qualquer outra profissão! A gente rala muito! Se machuca, a mão sangra, o trabalho é pesado e muitas vezes não dá para usar o anel que faço porque a minha mão esta quase sempre um horror! Mas ver uma peça pronta vale o esforço! Ela começou a partir de um grão de prata, de uma ideia", finaliza.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Rubens Dittrich traz peças com conceito minimalista


Quem é que já viu pequenos objetos como cadeiras em miniaturas usadas na decoração de uma mesa ou estante e se apaixonou? Além da beleza, elas representam um gesto de carinho na hora de presentear uma pessoa querida. "Acredito ser de fácil acesso, representam uma ideologia, porque se for verificar cada peça conta uma mensagem e está ligada a algum fato histórico relevante à arquitetura mundial", diz Rubens Dittrich, designer criador de objetos em miniatura. 

Estando no mercado de criação de objetos de arte desde 1990, Rubens teve que abrir mão do emprego na empresa Forma. Trabalhava período integral e nas horas vagas produzia peças. Porém, com o grande aumento da produção, teve que pedir demissão - que não foi aceita. "Entrei em acordo com meu superior para trabalhar meio período, o que não causou boa impressão a nova diretoria quando a empresa foi vendida para o Grupo Giroflex. Ainda permaneci por alguns anos após a compra. Quando houve  um corte coletivo, sai e hoje tenho todo tempo dedicado ao meu trabalho. As coisas só estão dando certo porque tem a mão de Deus, tenho a instrução, busco inovações e coloco meu coração", destaca.

Para chegar ao trabalho atual, o artista passou por uma formação diversificada. "Fiz Mecânica de Precisão no Senai Suiço-Brasileira, Engenharia Mecânica na UNIP, mas não me formei em Ciências Contábeis, porque depois que montei meu próprio negócio, a dificuldade financeira e fiscal me atrapalhava. Para poder acertar melhor as coisas, cursei Contabilidade. Fiz estágio na indústria da Informação, elaborando mecanismos e protótipos para impressoras matriciais. Mas meu primeiro emprego foi na Forma S/A Móveis e Objetos de Arte, que agora faz parte do Grupo Ambev. Eu era o responsável pela elaboração dos protótipos e nacionalização dos produtos para fabricação no Brasil. Em geral, eu revia os projetos e produtos e os adaptava aos materiais que tínhamos disponíveis", explica.

Atualmente, Rubens tem um estúdio em sua casa onde foca na produção das peças. "Minha habilidade principal não é nas miniaturas, mas em objetos.  Acabei me adaptando e o mercado aceita bem os produtos. Considero minha habilidade maior a de solução de mecanismos e seus processos de fabricação", diz.

Criação em grande estilo

Considerando-se como "adepto do Minimalismo", o designer foca suas peças valorizando as pequenas coisas. "Quando a ideia das miniaturas apareceu e comecei a produzir, descobri que a Vitra,  Alemanha,  também faz as maquetes, porém em uma escala 1:6 a 1:8. Penso ser um objeto grande para decorar uma mesa ou estante, pois é uma peça com muito destaque pelo tamanho, enquanto que minha intenção é ficar na escala de 1:10 a 1:12. Acredito ser uma escala delicada o suficiente sem perder os detalhes e qualidade.  Sempre faço uma brincadeira: "senão consegue comprar uma grande, compre uma pequena", destaca.

As peças são produzidas em madeira, resina acrílica, poliéster, latão, cobre, mármore, couro natural e sintético, borracha, silicone, diversos  tipos de colas técnicas como Poliuretanos, Cianocrialatos e Bi componentes. "O processo de criação é o básico. Com um produto ou ideia vou para o computador desenhar já tendo em vista o melhor processo na fabricação e escolhendo os materiais que podem se adaptar melhor. Por exemplo, as mesas Sarrinen feitas em mármore Carrara e Nero Marchina eram feitas em Corian, da Dupont, mas é um plástico que não representava bem o produto. Mais tarde optei pelo mármore na espessura que deixa as peças "quase transparentes", que tem o custo muito elevado. Mas não existe outro material que possa representar bem aquelas mesas," revela.


Sugestões de presente

Inspirado no conceito dos arquitetos e clientes, os produtos solicitados para o artista geralmente se enquadram na limpeza, simplicidade e curvas. "O Minimalismo é o forte. Todos os clientes que pedem peças ou miniaturas veêm em meus produtos essa tendência e acabamos optando por esse conceito", diz.

Entre os produtos mais vendidos estão os dos arquitetos famosos, Mies Van Der Rohe, Marcel Breuer, Eero Saarinen, até os brasileiros Paulo Mendes da Rocha e Flavio de Carvalho.  "Ambos sob licença da Futon Company, que os representa nos produtos de escala real. Minhas próprias criações não foram bem aceitas, porque acabei descobrindo que meus clientes não compram uma "miniatura", compram o conceito que o arquiteto que desenhou as linhas quis mostrar. Faço serviços que acabam em um único lote, para clientes que tem intenção de brinde, por exemplo. Mesmo sendo peças de bons conceitos não satisfazem os desejos dos meus clientes ou porque são exclusivos. Assumi uma linha de miniaturas de móveis, para manter o negócio em andamento", afirma e ainda destaca: "Cada Miniatura tem uma linha, e cor também, que pode se adaptar a qualquer ambiente. Sempre indico peças para compor as coleções de alguns clientes fieis que não entrem em conflito entre elas, mudando cores e até a posição na estante ou mesa. Tenho um cliente que coleciona todas minhas cadeirinhas, e sempre comprava pretas. Para harmonizar sua coleção, indiquei brancas e algumas coloridas. Fez toda a diferença."

Para finalizar, Rubens defini seu trabalho em uma única frase: "Minhas cadeirinhas levam meu Nome, minha dedicação e trabalho, o que prezo muito."





sexta-feira, 19 de abril de 2013

Artista traz produtos com temáticas divertidas


Com uma proposta voltada para sustentabilidade, simplicidade e beleza, o Estúdio Curamu idealizado por Yvoty Macambira, tem como slogan a frase: "O seu cotidiano mais divertido!"

Estando no mercado desde 1990, o Estúdio era anteriormente focado na produção gráfica. Curamu é inspirado em uma árvore da Amazônia que combina também com o nome e sobrenome da artista, com origem indígena.

Formada em Artes  Plásticas na FAAP, mestrado e Doutorado na Eca/USP, Yvoty sempre trabalhou com imagens, seja na produção de figurinos, gravuras, pinturas ou artes gráficas. "Durante onze anos trabalhei na Secretaria Municipal de Cultura onde  fiz pesquisas em Artes Plásticas e curadorias de exposições. Paralelamente dei aulas em quase todos os níveis do ensino, da pré escola a pós graduação, sempre nas disciplinas afeitas às artes visuais", explica.

A artista, que sempre adorou design por ser um campo vasto, dava aulas em cursos de Desenho Industrial. "Naturalmente comecei fazendo uma peça ou outra, mais para me divertir, mas a coisa cresceu e percebi que poderia fazer, ou customizar, objetos profissionalmente", diz.



Um mundo de possibilidades

Com tanta inspiração, Yvoty continuou desenvolvendo seus trabalhos inspirados na vida contemporânea. "Temos um dia a dia duro, poluído, cheio de transito, pressa, barulho... Penso que um ambiente em casa, divertido, informal, bonito, mas descompromissado, pode ajudar muito a atenuar nossa vida. Procuro fazer objetos de boa qualidade, fáceis de usar, limpar e conservar, nada de cristais delicados, tecidos que precisam ser lavados cuidadosamente, prataria. Adoro tudo isso, mas o nosso cotidiano não permite usá-los. Nem por isso devemos deixar os objetos bonitos só para os dias de grandes festas. Todo dia deve ser especial e nada como viver num ambiente bonito e agradável, comer sobre uma mesa bem posta, etc.", ressalta.

Entre as diversas opções de produtos oferecidos pelo Estúdio estão os objetos Vintage. "Temos uma linha de potes  de cerâmica, panos de prato, vidros e tecido que reproduzem marcas famosas de produtos, em geral alimentícios, mais conhecidas e queridas das pessoas. Fazemos  homenagem ao Queijo Catupiry, Manteiga Aviação, Sal Cisne e outras marcas que estão gravadas na memória afetiva das pessoas e fazem parte de nosso imaginário visual. Acredito que o sucesso desses produtos se deve justamente aos momentos felizes a que eles nos remetem, a nossa infância, aos entes queridos; o pudim de leite condensado da avó, o mingau de Maizena que nossas mães faziam, muito tempo depois de deixarmos de ser bebês, "só para matar a saudade", os drops Dulcora "embrulhadinhos um a um", e o queijo Catupiry, quem não sonha acordado com uma bela moranga recheada de Catupiry com camarões?", destaca.

Com produtos  que compõe peças utilitárias industrializadas e customizadas, a artista também oferece produtos sobre encomenda, além de presentes institucionais.           "Sempre que somos solicitados, desenvolvemos ou, adaptamos nossos produtos, para empresas. Fizemos produtos para a loja do SESC, empregando fotos do acervo deles, almofadas, pesos para portas, etc.", revela.

Entre os de produtos oferecidas pelo Estúdio estão peças feitas em vidro, porcelana, cerâmica e tecidos com diversos temas. "No site temos as linhas de produtos feitos com esses materiais: "Encontro" , "Como Cão e Gato", "Passo Doble", "Brasileiras", "Finas Festas", "Vintage" e uma nova, a ser lançada no segundo semestre, ainda sem nome. Serão produtos com cenas brasileiras", diz.

Inspiração para novos artistas

Além das opções de produtos oferecidas pelo Curamu, o espaço se destaca pelo contato com estudantes. "Procuro acolhe-los como estagiários aqui no estúdio. Mesmo no tempo das artes gráficas já recrutava estudantes nas faculdades onde dei aulas, para trabalhar comigo. A faculdade é indispensável, mas a prática a complementa. A maioria desses agora, novos profissionais, se mantém em contato comigo e estão evoluindo muito bem em suas carreiras. Todos prestaram uma ajuda inestimável e na medida do possível procuro estimular a produção deles. Só para exemplificar, tive ajuda de Nayra Schall, aluna de desenho industrial das Faculdades Oswaldo Cruz, que desenvolveu desenhos para uma coleção com os personagens do jogo do bicho. Desenvolvi junto com Eder Saos  as linhas “Encontro” e “Futebol”, Priscilla Wong desenhou pratos das festas religiosas judaicas, todos esses produtos  tem a co-autoria desses estagiários", aborda.

Toda a criatividade desenvolvida dentro do espaço repleto no conceito e elaboração de cada produto. "Estes conceitos estão impregnados na minha experiência e intuição. Tenho premissas para fazer um produto ou lançar uma linha. Com já citei, quero produtos, bonitos, de qualidade, que não sejam absurdamente caros e muito menos descartáveis. Mas não fico presa a conceitos ou preconceitos. Cumaru é uma empresa muito pequena, ainda, conta com poucos recursos financeiros, então as ideias vem, a gente produz  uma pequena quantidade, mostra para os clientes através da Internet ou das Feiras de Design que participamos e constatamos a aceitação ou não. Muito “conceito" acaba embotando as ideias, é preciso deixar a imaginação correr bem solta", finaliza.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Cut!Design inova nos detalhes


Grandes ideias surgem em momentos inusitados. É o que aconteceu com a designer Rute Reitzfeld fundadora da Cut!Design. "Um dia, isso foi em 2002, fiz uma festa e queria servir um bolo e procurei uma pá, espátula, faca ou algo que pudesse cortar esse bolo e que ao mesmo tempo, desse um toque interessante à mesa de sobremesa. Procurei muito e não achei. Peguei a espátula do faqueiro que tenho desde o meu casamento e assim resolvi o problema. Mas isso ficou na minha cabeça quando tive a ideia de criar algo que fosse utilitário mas com bom gosto e que pudesse dar um toque diferente ao servir", explica.

Após esse episódio surgiu em 2003 a Cut!Design, que passou por muita pesquisa para definir o processo de criação. "Desde então, continuo sempre criando objetos diferentes mas que entrem na linha do utilitário com desenho bacana. Acho que com esse trabalho consegui juntar essas duas coisas que gosto: o design e o contato com as pessoas", ressalta.
Formada em psicologia, a artista já trabalhou em diversas áreas como hospital, academia, decoração e com um escultor. "Sempre gostei muito do contato com pessoas e sempre fui muito ligada a design, objetos diferentes ,enfim acessórios para casa", diz.

Sempre em busca de qualidade e humor, os produtos da Cut!Design agradam na hora de servir uma salada ou pegar frios, por serem objetos diferentes e criativos. "Gosto muito de bichos e flores. Às vezes penso nos desenhos primeiro e às vezes o contrário. Penso no produto e tento casá-lo com o desenho. A criação é interessante porque quando o objeto fica pronto, muitas vezes nem lembro de onde parti para chegar no resultado.... Muitas vezes o resultado é legal, em outras, mesmo depois de muito trabalhado, não dá certo. Isso acontece", evidencia.  

Mesmo não seguindo as tendências da moda, a marca se destaca pelas linhas desenvolvidas pela artista. Um exemplo são os misturadores de caipirinha com motivos de peixe, cavalo marinho, rabo e baleia, que melhor se encaixam no verão. Há também produtos como os garfinhos para fondue que são mais usados no inverno. Tendo em sua maioria temáticas atemporais, os produtos da Cut também são vendidos no mundo corporativo. "Desenvolvo para empresas desenhos e peças exclusivas. Fiz um abridor de garrafas no formato de um martelo com o logo da empresa, como presente para uma empresa de leilões. Fiz uma caixa personalizada com acessórios para vinho (isso era importado) e coloquei junto um abridor e ficou bem legal", revela.

Com detalhes inovadores, a artista finaliza definindo a marca como "Humor e design em peças utilitárias."


quinta-feira, 4 de abril de 2013

Cau Almeida e os traços refinados


Com  recortes em aço carbono executados por meio da precisão do laser, as peças criadas pelo designer Cau Almeida têm uma "cara" bem gráfica. "Quando iniciei com produtos foi bem por acaso, com coisas que fazia para amigos e clientes. Então o que fazia no computador acabou ganhando “vida” e virou produto", explica o artista.

Entre suas criações estão objetos que deixam qualquer ambiente alegre e descontraído. "Os bonecos “strokes”, que fazia em tamanho de “gente”, são os bonecos palito que as crianças desenham, porém com um traço adulto. Depois eles viraram produtos: apoios de livro, esculturas, marcadores de páginas, louças, etc.", ressalta.

Formado em publicidade, Cau trabalhou em diversas agências como Diretor de Arte trazendo para seu trabalho atual, muita inspiração e criatividade. "Para as árvores, por exemplo, sempre gostei da Árvore da Vida do Klimt. Então fiz uma versão em metal, e depois partindo dessa, outras opções/desenhos, todas inspiradas no Klimt", diz.

As obras criadas pelo designer ganham destaque pela forte presença do preto e branco. "Acho que isso também vem do design gráfico. Sempre que criava um logotipo, por exemplo, antes “pensava” nele em preto e branco. E também quando lancei os bonecos palito eles “deveriam” ser pretos uma vez que “Strokes” é traço a lápis", revela. 

Tantas sugestões de presentes oferecidas pelo artista são profundamente agradáveis para quem procura algo inovador. "É bacana ter ou dar algo diferente, algo que você goste, que tenha sua cara ou que diga algo para você. Seja um objeto, roupa, restaurante... É sempre bom ter, descobrir, procurar coisas novas e surpreendentes", afirma.

Para um artista, o resultado de uma boa criação vem da paixão e empenho ao expressar o seu conceito através de uma obra. "  Adoro o que faço..simples..rs!!", Finaliza.

Produtos Cau Almeida que você encontra na Fina Estampa.


quinta-feira, 28 de março de 2013

Ovos Hoshino


Ovos criados pela design Rachel Hoshino





Ancestral e Universal, o ovo foi adotado pelo homem como símbolo de renovação. Ele representa o porvir, os novos tempos. E, justamente por isso, muitas sociedades e culturas o associam as festividades de Páscoa e a rituais de fertilidade. Chamado de N´OVO, estes vasos de porcelana foram concebidos para que, em seu uso, possamos nos lembrar que todo momento é tempo de renovar.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Páscoa Fina Estampa

Quando pensamos na palavra "Páscoa" já sentimos aquele gostinho maravilhoso de chocolate! Ovos, caixas de bombom, corações e afins, são procurados por pessoas que desejam presentear pessoas queridas. E o que realmente faz não só dessa mas de todas as datas comemorativas, um momento único e muito especial?  O diferencial na hora de escolher como comprar um presente que possa surpreender. Por isso, buscar alternativas para enriquecer cada momento é uma atitude exclusiva de quem realmente quer ver o outro feliz.

Essa inovação na hora de dar um presente pode começar com uma inclusão de um objeto que acompanhe por exemplo, o seu chocolate. Pensando nisso, separamos algumas sugestões de presentes que você encontra em nossas lojas para que a sua Páscoa seja repleta de muita felicidade!




quarta-feira, 13 de março de 2013

Novidades Fina Estampa

O mês de março começou com tudo aqui na Fina Estampa! Saímos em busca de novidades nas feiras Paralela, Gift, Craft e voltamos  inspirados! Encontramos diversos produtos refinados e especiais para quem gosta de peças com muito bom gosto!

Toda a nossa curadoria é feita com um olhar delicado e escolhemos presentes que tenham o conceito da nossa loja. Afinal, sempre prezamos as pessoas e o presente que cada uma merece ter! 

Confira agora alguns produtos que compramos na Craft.




quarta-feira, 6 de março de 2013

Rachel Hoshino traz delicadeza em seus trabalhos


Rachel Hoshino tornou-se designer auto-didata devido a sua enorme paixão pelo branco. As folhas de papel, a porcelana, o algodão e as paredes são para ela um convite e uma entrada para o mundo da imaginação. 

Algumas influências são mais reconhecíveis em seu trabalho como as artes orientais, especialmente do Japão e da Turquia, a Art Nouveau e a Art Deco e o Modernismo Brasileiro. 

Por ser uma grande apreciadora da natureza, esse tema é uma constante em seu trabalho.  O estilo do trabalho de Rachel é facilmente reconhecido pela delicadeza das linhas, pelas pequenas surpresas escondidas e temas bem-humorados. A beleza da simplicidade e a poesia inerente na proposta de cada coleção, torna seus produtos, ao mesmo tempo, contemporâneos e eternos.